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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Um país de todos

Se você for viajar para a Escócia, Japão ou Azerbaijão e por acaso tiver que fazer escala no México, não hesite em investir tempo para se deslocar até o consulado mais próximo. E dinheiro também, pois os aproximadamente 84 reais gastos serão convertidos em horas de não-incomodação. A não ser que você possua algum fetiche bizarro relacionado a ficar trancafiado em países de terceiro mundo, corra e faça o seu visto. Agora. Now!

Nem ouse pensar que você terá livre circulação pelos territórios chicanos sem o seu querido e estimado visto. Nem mesmo umas voltinhas pelo aeroporto da Cidade do México.
Aliás, perdoe-me a falta de sinceridade. Menti descaradamente.
Se der sorte, conseguirá ir até o toalete mais próximo com o profissional alfandegário. E se fizer um sexo oral com dedicação, tenha certeza de que ele te conduzirá até a cafeteria mais cara do aeroporto. Mas não antes de ficar algumas boas horas confinado em uma saleta medíocre com meia dúzia de infelizes. Infelizes e desprovidos de uma bela cútis, diga-se de passagem. Tenha em mente colombianos sub-desenvolvidos e refugiados, que enxergaram no México a oportunidade de crescer na vida. Eis os seus companheiros deste Big Brother estapafúrdio e dispensável.

"Sienta acá del mi lado, hombre!"

O seu lar pelas próximas horas será constituido basicamente de:

  • Paredes alvas em sua totalidade, o que pode causar um certo agrado no primeiro momento, mas após a primeira hora surge a vontade de enfiar uma chave philips nas narinas, tamanha a sensação de vazio e tédio à sua frente.
  • Bancos. Não estou me referindo ao Itaú ou Bank of Mexico. É banco de sentar mesmo (Ok, poderia ter ficado sem essa). Bancos em sua maioria ocupados pelos seres supracitados. Bancos rasgados e provavelmente sujos, e sabe-se lá quem ou o que os ocupou antes de você. Muitos deles são reservados por pessoas deitadas e envoltas em cobertores, roubando aproximadamente quatros dos já poucos lugares disponíveis.
  • Poluição sonora devido às reformas no aeroporto
Welcome to Mexico.

Mas é claro que estes são os privilégios apenas dos predestinados a não fazer o visto. Caso o contrário se dê por verdade, solte um "Viva!" e aproveite todas as mordomias que o Aeroporto Internacional da Cidade do México tem a oferecer, incluindo livre acesso às lojas, banheiros e restaurantes. O destaque fica para a beleza ímpar das lojas de produtos teoricamente livres de taixas aduaneiras, que vendem desde os mais refinados perfumes nova-iorquinos até imensas caixas de cigarro, de tamanho comparável aos boxes de sucrilhos tamanho família encontrados em filiais do BIG. Após o consumo intensivo de duas caixas dessas em apenas um mês, considere a idéia de falência múltipla de seus órgãos.

E ainda terás o privilégio de se deparar com centenas de pseudo-ninfetas ao melhor estilo RBD de ser. Mentira. Só tem jaburu e cabrita manca. O maior número de gente feia por metro quadrado, superando por pouco a população consumidora do shopping Mueller de domingos a tarde. Mas não considere isso um comentário preconceituoso. É apenas uma constatação baseada nos conceitos vigentes de beleza e estética mundiais.

"Jo soy Rebelde, cuema mi bocetita!"

Mas é claro, estes dizeres se dão apenas em cima de experiências em territórios limitados e áreas restritas do aeroporto mencionado. Quaisquer generalizações feitas por sua pessoa são generalizações feitas por sua pessoa. É bem possível que o México seja mesmo um lugar cheio de pontos paradisíacos, beldades de mini-saia e gente simpática (vide episódios de Chavo del Ocho em Acapulco). Visite o México. Mas não esqueça do visto.

Obs: o vídeo de dois posts abaixo está funcionando.

2 comentários:

Lucas Costa disse...

VIVA EL MÉHICOO, el país de lá coprofolia (sacaram?)


mas serio que não tem só gostosa lah?? pq pelas novelititas achei que só houvessem pessoas da mais elevada estirpe...

Anônimo disse...

eya cabron, o que tu tienes contra my querido e muy amado mexico, el mayor país de toda la america latina, hein?