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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Poesia Choraniana

"Roqueiros" são as pessoas mais inteligentes do mundo.
Tá, não vamos forçar.
Mais espertas, talvez. Inteligente, só um ou outro.
Qual o motivo desta constatação?
Pense bem. Imagine os Simple Plans e Hateens da vida.
Qual a idade de seus integrantes? Vamos lá, eles devem ter no mínimo 25 anos.
O Chorão já deve ter uns 43. Aquela cara de pedófilo cheirado não me engana.
Alguém dessa idade realmente ouve, compõe e se orgulha desse tipo de música? Acho difícil.

"Mas peraê, se eles fazem música é porque eles gostam, oras! It's all about the music!"

Vamos fazer um comparativo. Imaginem uma campanha publicitária.
Os profissionais de propaganda se reúnem, pesquisam sobre o problema do cliente, fazem o planejamento estratégico e criam a roupagem da solução em forma de anúncios, grosseiramente falando. No ramo musical imagino ser semelhante.
Até consigo imaginar o Alexandre Magno Abrão (vamos chamar pelo nome, afinal "Chorão" não passa de um personagem) se juntando em torno de uma mesa com diversos executivos da gravadora e "entendedores" musicais.
Em suma, homens supostamente inteligentes e capazes de encontrar uma lacuna no mercado radiofônico.

Pausa para um quote:
Fernanda diz:
aiiiiiiii vou mija ja volto

Como eu ia dizendo, estes homens, capazes de gerar minas de dinheiro às custas da inocência da massa juvenil tupiniquim, se reúnem em um brainstorm intenso e, analisando fatores como público desejado, carência de mercado e linguagem utilizada, criam o planejamento perfeito para poluir os iPods de pré-e-também-não-tão-adolescentes-assim, além das rádios e de seus programas televisivos favoritos.

Pronto. Agora é só ir ao Faustão e variantes.

O grau de autenticidade de um grupo pode ser medido a partir de sua interpretação nestes programas (Faustão e variantes). É nítido quando uma banda não se sente bem com ela mesma.
A mascara cai, e apenas os fãs mais ardorosos não percebem isso, se apoiando em argumentos como "ah, eles tão no Gugu por obrigação da gravadora". É, pode até ser, mas quem tá ali de verdade (it's all about the music, maaan!) faz pra valer.
O Supla é um músico de verdade.
(Abra agora o YouTube, procure por "Supla no Gugu 2" e deixe carregando)

Na primeira vez em que me deparei com este vídeo, pensei: "Supla, assim você me decepciona".
Mas aí fui assistir e fiquei estupefato. Levando em consideração todo o ambiente Guguzístico - ou seja, mulheres destinadas ao fracasso dançando em taças gigantes, convidados de segunda linha e jornalismo medíocre -, foi uma apresentação bastante satisfatória. Ao vivo e sem playback, um cara que ninguém deve levar a sério levou a platéia abaixo. Platéia cheia de tias e empregadas, mas ainda uma platéia. No fim, todo mundo vibrava, inclusive eu, que já fui assistir esperando uma atuação vergonhosa. O Supla deveria ter lugar de destaque no cenário musical, anseio por uma capa da Rolling Stone com ele.

Então, estimado leitor (tem leitores esse blog?), na próxima vez que tocar My Chemical Romance ou Pitty na radio, lembre-se disto acima. :)

5 comentários:

Lucas Costa disse...

pois é...deletou meu comment?

Rodrigo Baptista disse...

eu nao sei...
talvez, mas acho que não...
se sim, foi sem querer...

Anônimo disse...

Pra vc eu só tenho isso a dizer:

http://www.malvados.com.br/tirinha829.gif

Rodrigo Baptista disse...

exatamente

Ivan Mayrinck disse...

cara
muito bom o texto
vou editar meus links de favoritos e adicioná-lo-ei.